Por que precisamos de palavras polissemânticas

Por que precisamos de palavras polissemânticas
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Anonim

A ambiguidade das palavras é um fenômeno lingüístico importante. É comum a todos os idiomas desenvolvidos. Palavras ambíguas reduzem o número de dicionários. Ao mesmo tempo, eles servem como uma expressão especial do discurso.

Qualquer linguagem procura expressar toda a diversidade do mundo, nomear fenômenos e objetos, descrever seus signos, designar ações.

Ao pronunciar a palavra, uma idéia sobre o objeto ou fenômeno nomeado surge na mente. Mas a mesma palavra pode significar diferentes objetos, ações e sinais.

Por exemplo, ao pronunciar a palavra "alça", vários conceitos aparecem na mente de uma só vez: uma maçaneta de porta, uma caneta esferográfica, a alça de uma criança. Esta é uma palavra com vários valores que não corresponde a uma, mas com vários fenômenos da realidade.

Em palavras polissêmicas, um significado é direto e o restante é figurativo.

O significado direto não é motivado por outros significados lexicais da palavra e está diretamente relacionado aos fenômenos do mundo.

O significado figurativo é sempre motivado pelo significado básico e está conectado a ele no significado.

Normalmente, os falantes nativos podem entender facilmente o comum entre significados diretos e figurativos e reconhecer facilmente significados figurativos de uma palavra. Por exemplo: nervos de aço (fortes como aço), um fluxo de pessoas (continuamente) - as pessoas se movem como um rio.

A transferência de nomes ocorre com base na semelhança de objetos e é chamada de metáfora, que é um meio expressivo e imaginativo vívido: fervilhar sentimentos, dissipar sonhos, asas de moinho.

Outro tipo de polissemia é a metonímia ou a transferência de nomes por adjacência. Por exemplo: comprando ouro (itens de ouro), a turma fez uma campanha (alunos da turma).

Existe outro tipo de ambiguidade, construída sobre o princípio da transferência de parte para o todo ou vice-versa - eis a sinódice: Chapeuzinho Vermelho, Barba Azul.

Sinekdoha é um tipo especial de metonímia. Implica também a contiguidade dos fenômenos chamados em uma palavra.

A ambiguidade das palavras é amplamente usada por escritores e publicitários como um dispositivo estilístico especial que torna a fala mais expressiva, aprimora a figuratividade da fala e torna os fenômenos e eventos descritos mais coloridos e visuais.

Freqüentemente, a técnica da justaposição oculta ou explícita dos significados diretos e figurativos das palavras é usada nos nomes das obras literárias, o que as torna mais espaçosas e vívidas: “Tempestade”. Ostrovsky, Cliff I.A. Goncharova.

Palavras ambíguas costumam servir como fonte de um jogo de linguagem, criando novas piadas e rimas e trocadilhos. Por exemplo: à noite eu tenho noite.

Erros lexicais associados ao uso de palavras polissemânticas.